Uma Animação do Homem-Aranha Que Não Deveria Existir

O que acabei de assistir, meus amigos, foi um dos piores produtos já feitos sobre o Homem-Aranha. Sim, estou falando da nova animação do herói, que conseguiu transformar um dos personagens mais icônicos da Marvel em uma bagunça identitária e sem alma.
Se você acha que já viu tudo de ruim que poderiam fazer com o Aranha, prepare-se. Essa série é um amontoado de escolhas duvidosas, desde a animação travada, que parece rodar em FPS baixo, até a tentativa descarada de enfiar uma agenda “woke” em cada detalhe da trama.
Uma Estética Duvidosa e um Roteiro Remendado
A primeira coisa que chama atenção é a qualidade da animação. Os personagens se movem de maneira robótica, com expressões faciais que parecem saídas de um jogo com baixa taxa de quadros. A tia May, por exemplo, parece que acabou de passar por uma sessão de harmonização facial mal feita. Já o design do Peter Parker e do seu traje provisório é de um gosto duvidoso, com um lançador de teia ligado a um cilindro nas costas que simplesmente não faz sentido.
A história já começa com uma mudança drástica: um portal se abre e de lá sai uma criatura parecida com o Venom, que enfrenta o Doutor Estranho. No meio da confusão, uma aranha radioativa acaba mordendo Peter Parker. Mas em vez de acompanharmos a jornada clássica do herói, somos jogados em uma narrativa cheia de novos personagens sem qualquer ligação com o universo original do Aranha.
O "Wokeverso" do Homem-Aranha

A série também se esforça ao máximo para atender a uma agenda identitária. A escola de Peter Parker está repleta de personagens inseridos de forma forçada, como Nico Minoru, uma bruxa dos quadrinhos que nunca teve relação alguma com o Homem-Aranha, e Pearl Pangan, que aparece como um interesse amoroso aleatório. Até mesmo Lonnie Lincoln, conhecido como o vilão Lápide nos quadrinhos, foi reinventado para atender a essa nova diretriz da Marvel.
O resultado? Um produto que não respeita a essência do personagem. Se você espera ver algo minimamente fiel ao universo do Homem-Aranha, pode esquecer. Esse desenho parece ter sido feito em uma reunião de brainstorming onde o foco era atender a quotas e não contar uma boa história.

Sem falar na abertura da versão brasileira da série, que é de dar vergonha alheia. Algo malfeito, parecendo ter sido criado por uma criança que não sabe rimar. Muito diferente das incríveis aberturas das séries dos anos 90, que eram bem trabalhadas e marcantes. Nesta nova animação, tudo parece jogado e sem vida.
E não falo somente das cores e da animação, que são péssimas, mas também da música, que tentou modernizar a clássica musiquinha do Homem-Aranha misturando-a com Hip-Hop. Na minha opinião, ficou um desastre. Minha nota para esses primeiros episódios é -2.
Há Algo de Bom?

Se é para ser justo, a dublagem é um ponto positivo. O dublador do Tom Holland foi mantido como a voz de Peter Parker, e a voz do Doutor Estranho também segue a padrão do MCU. Além disso, a fotografia “quadrinesca” é interessante em alguns momentos, mas torna-se cansativa ao longo dos episódios.
No fim das contas, essa animação é uma decepção. Um produto sem identidade, sem alma e que tenta desconstruir o Homem-Aranha ao invés de valorizá-lo. Espero que a Disney realmente tenha aprendido a lição e que esse seja o último suspiro desse tipo de produção.
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